Operação Gênesis: PF investiga desvio de mais de R$ 30 milhões em contratos da Prefeitura de Itacaré; celular de ex-prefeito é apreendido
- Boletim Baiano
- 26 de nov.
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A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (25) a Operação Gênesis, que mira um suposto esquema de fraudes em licitações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos de fornecimento de materiais de construção firmados pela Prefeitura de Itacaré, no sul da Bahia.

De acordo com a PF, entre 2018 e 2024 duas empresas locais – registradas em nome de laranjas e sem capacidade operacional compatível com os valores contratados – receberam mais de R$ 30 milhões do município. Parte expressiva desses recursos teria sido desviada para agentes públicos e outros envolvidos no esquema.
Mandados e afastamentos
Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Ubaitaba, Jequié e Itacaré, além de Cachoeiro de Itapemirim (ES).
A Justiça Federal determinou ainda o afastamento cautelar de sete agentes públicos, além do sequestro de bens que podem chegar ao montante de R$ 20 milhões, como forma de garantir possível ressarcimento ao erário.
Celular de ex-prefeito é apreendido
Durante as ações desta terça, a PF também apreendeu o celular do ex-prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio. A informação foi confirmada por uma fonte ligada às investigações. O ex-gestor é considerado suspeito de participação no esquema, que teria operado de forma contínua por vários anos.
As investigações apontam que os contratos fraudados foram firmados entre 2018 e 2026, período em que os recursos destinados à compra de materiais de construção teriam sido sistematicamente desviados.
Crimes investigados
Os investigados poderão responder por:
• Fraude em licitação
• Peculato
• Corrupção ativa e passiva
• Lavagem de dinheiro
Próximos passos
A PF afirma que a operação busca aprofundar a coleta de provas e reforçar medidas para que os valores eventualmente desviados retornem aos cofres públicos. As investigações continuam em sigilo, e novas fases da operação não estão descartadas.









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