top of page
Buscar

Editorial - Novo na Bahia: hora de mudar de rota

  • Foto do escritor: Boletim Baiano
    Boletim Baiano
  • 31 de ago.
  • 2 min de leitura
ree

A intervenção da Executiva Nacional do Partido Novo na Bahia revela uma realidade incontestável: a legenda fracassou em cumprir sua missão no estado. Fundado em 2011, o partido só se consolidou no cenário nacional a partir de 2018, com a eleição de sua primeira bancada federal. No entanto, oito anos depois, o desempenho baiano é constrangedor: zero deputados estaduais, zero federais e nenhum vereador em Salvador. Para uma sigla reconhecida em todo o país, tal resultado é inaceitável e evidencia a necessidade urgente de mudança de estratégia.


O fracasso da sigla na Bahia não se explica apenas por circunstâncias eleitorais. Enquanto em outros estados o Novo se consolidou como alternativa de renovação política, a legenda baiana permaneceu isolada, limitando-se a ações tímidas e sem capilaridade. A falta de diálogo com a sociedade e a ausência de articulação política efetiva impediram a construção de uma base sólida. A população baiana, majoritariamente conservadora em valores, busca alternativas modernas e coerentes; sem líderes capazes de mobilizar e se aproximar das comunidades, o partido continuará à margem da disputa.


Olhando para 2026, a meta do Novo é clara e desafiadora: conquistar ao menos uma cadeira na Câmara dos Deputados, com possibilidade real de eleger até duas vagas federais. Alexandre Aleluia surge como principal aposta. Sua reeleição como vereador de Salvador, sem o apoio do diretório estadual do PL, consolidou sua força política, tornando-o o mais votado da legenda. No entanto, depender de um único nome seria insuficiente. O partido precisa oxigenar suas fileiras, incorporando lideranças que dialoguem com os bairros, comunidades e redes sociais. Nomes como Soldado Corrêa, Giuliano Argolo, Renato Trêsoitão, Alexandre Tchaca, Tatiana Mandelli, Talita Oliveira e Bianca Barreto representam essa renovação, enquanto talentos internos, como Priscila Chammas, devem ser valorizados para equilibrar experiência e novidade.


A pré-candidatura de José Carlos Aleluia ao governo da Bahia reforça essa estratégia de reorganização. Ao criticar o PT, afirmando que “a Bahia está descendo a ladeira sem freio”, Aleluia evidencia o descontentamento com duas décadas de hegemonia petista, período marcado por estagnação econômica e perda de competitividade. Sua proposta é clara: desmontar a aliança que mantém o PT no poder, dialogar com forças de centro-direita e dissidentes do governo estadual, e interiorizar a campanha para consolidar presença em Salvador e no interior. Mais do que disputar o governo, a candidatura de Aleluia visa fortalecer o Novo, atraindo lideranças e estruturando a legenda para o futuro.


A intervenção nacional, portanto, não deve ser vista como uma imposição, mas como uma oportunidade histórica. A Bahia exige lideranças conectadas à realidade social, capazes de articular, inovar e disputar protagonismo. Com a combinação de nomes renovadores, valorização de talentos internos e uma candidatura competitiva, o Novo tem condições de transformar expectativas em resultados concretos, conquistando não apenas uma, mas até duas cadeiras na Câmara dos Deputados.


Oito anos de projeção nacional e zero resultados na Bahia não podem ser ignorados.

O partido precisa agir com estratégia, determinação e liderança.

A Bahia exige mais. O Novo não pode ser menos.


 
 
 

Comentários


  • Facebook
  • Twitter
  • Spotify
  • Apple Music

Boletim Baiano
Parceria com o Boletim 360°

Ouça o episódio mais recente e inscreva-se em todos

Inscreva-se em nosso podcast via:
iTunes , Stitcher , Google Podcast , Spotify

Boletim 360°

Apresentado por Jéssica Volk

  • Facebook
  • Twitter
  • Spotify
  • Apple Music

© 2024 by The Halftimers. Powered and secured by Wix

The Halftimers Newsletter

Obrigado por enviar

bottom of page